Friday, May 26, 2006

Censura?

Na terra da ciência existia um mural.
Toda a gente lápodia por o que lhe desse na telha.
Nem era assim tanto um mural, era uma paredita pequena onde cada um punha, se quisesse, um bocado de si.

Veio o Gulby e papou...

E todos ficaram a perder...
As gentes, o seu mural...
E o Gulby a moral...

Sunday, May 21, 2006

Para o Desenho Desanimado

...que tanto me anima.

Tuesday, May 09, 2006

Primeiro Post Cultural Bilingue

Como este espaço está a precisar de uma novidade escaldante para continuar na lista de favoritos de meio mundo e mais alguém decidi fazer um post bilingue, para me manter a par da concorrência, como o blog do "coisa".
E para começar que tal um bonito momento de debate sobre um trecho de um livro q comprei o ano passado na Feira de Lisboa (por 2 euros).

"Um dos tabús sociais de maior importância estratégica para a sobrevivência e bom funcionamento de qualquer sociedade "civilizada" consiste na proibição de pensar.

Sem essa preciosa restrição, imposta sobre cada um de nós com uma especial vigilância desde o início da nossa existência, nenhuma forma arcaica ou civilizada de organização social poderia provavelmente subsistir.
...

Entreter o "indígena" com toda a espécie de birimbaus civilizados, de modo a comprar-lhe a sua tácita aquiescência de búfalo sorridente e vacamente cooperador; distraí-lo a todo o tempo - distraí-lo sobretudo de si próprio - de modo que não lhe sobre energia suficiente para perceber, no fundo, o que se passa à sua volta; Meter-lhe sempre à frente dos olhos, um chocalho luminoso - qualquer um dos inúmeros chocalhos luminosos que a civilização engenhosamente produz - de modo a que este não fixe nunca demasiadamente o olhar no mijo moralista em que a Sociedade se apoia, na açorda ideológica que a sustenta; Comprar-lhe assim a sua docilidade postiça é talvez o mais comum e o mais rendoso dos negócios, em que todos, em que todos nós participamos activamente, de formas directas ou indirectas."
in "Tire a mãe da boca" - João Sousa Monteiro

Os "ópios do povo" existem ou eram só devaneios de um velhote com nome de chocolate, vestido de vermelho?

Já sinto o cheirinho a caramelo...

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Version française

Sacre Bleu, Croissant, Torre Eiffel.
Je suis alérgique a les marisques.